Tecnologia de Informação e Comunicação ao Serviço da Educação em Tempos de COVID-19: relatos de experiências educativas no espaço luso-afro-brasileiro

Abstract

Este livro é da responsabilidade de seis mestres em Tecnologia Educação, uma das áreas de especialização do Mestrado em Ciências da Educação do Instituto de Educação da Universidade do Minho (IE- UMinho). Foram estes ex-estudantes que tomaram a iniciativa deste empreendimento, organizando o livro e sendo autores dos respetivos capítulos. É primeira vez que tal sucede desde a criação desta área de especialização, com 1a edição a ser lançada no já longínquo ano de 1991-1992, fazendo, portanto, em outubro deste ano (2021), 30 anos que a Tecnologia Educativa entrou em funcionamento, a nível de pós- graduação (mestrado) no IE-UMinho. Assim, em primeiro lugar, parabéns a estes Mestres que tiveram a amabilidade de me convidarem para fazer o prefácio do livro, convite que muito me honrou, e aceitei com muito agrado, pois tendo sido o coordenador da edição do mestrado que frequentaram (anos letivos de 2016 a 2018), recordei-me imediatamente deles como um grupo muito empenhado e que soube constituir-se como uma verdadeira comunidade aprendizagem, com efetiva partilha de conhecimentos e experiências, não obstante residerem em continentes e países diferentes. Com efeito, funcionando o mestrado na modalidade b-learning (desde a edição do ano de 2009-2010), durante a componente online os estudantes residiam em diferentes localidades de Portugal, Brasil,Angola e Moçambique. Mas, como as distâncias geográficas não existem no ambiente virtual, tal não foi impedimento que o sentimento de pertença a um grupo (comunidade aprendente) se fortalecesse. Claro que, como seres humanos, apreciámos a presença face a face, e todos tivemos essa opotunidade de a vivenciar no momento presencial do mestrado, a qual era já muito desejada pelas relações sociais e afetivas que já se vinham criando no mundo virtual. Como disse recentemente Manuel Castells (2020) “nosso mundo é e será necessariamente híbrido, feito de realidade carnal e realidade virtual. É uma cultura da virtualidade real, porque essa virtualidade é uma dimensão fundamental da nossa realidade”1 (https://www.fronteiras. com/artigos/o-digital-e-o-novo-normal). Estes mestres, organizadores e autores de capítulos deste livro, com suas pesquisas aqui relatadas, mostram que adquiriram na plenitude uma das competências do mestrado: investigar em educação. Precisamente, um dos objetivos do mestrado destina-se a “fomentar o desenvolvimento de capacidades para a investigação e inovação no domínio da Tecnologia Educativa”, e, dentro das três competências a prosseguir (investigação em educação; inovação; e profissionais), a investigação traduz-se na capacidade de: aprofundamento teórico e prático de metodologias de investigação; análise de estudos de investigação; construção e desenvolvimento de projetos de investigação; e, apresentação e discussão de resultados de investigação. Para além de todos os autores já terem defendido seus projetos de dissertação (nos ano de 2018 e 2019), aprovados com altas classificações, trazem-nos, neste livro, quatro pesquisas novas, e duas que, assentando nas dissertações, afloram derivações para os tempos que estamos a viver. Ou seja, estes seis mestres, que durante a frequência curricular do mestrado se constituíram como comunidade aprendente acrescentam, agora, a dimensão...